A Rede de Amamamentação de Santos e Região Senac promoveu em Santos, ainda dentro da programação da SMAM - Semana Mundial de Amamentação, no último dia 26 de agosto, um Fórum com Elsa Giugliani, do Ministério da Saúde que apontou as propostas do Governo para o Aleitamento Materno no Brasil e o projeto de tornar essas ações um dever do Estado.
O relato ficou longo, mas os assuntos tratados são de
suma importância para o Aleitamento no Brasil, na nossa e na sua casa e que toda informação é sempre bem-vinda. Afinal, as eleições estão chegando. Os projetos que foram implantados não podem deixar de acontecer, independente de quem esteja dirigindo nosso país.
Elsa Giugliani afirma que a continuidade dessas ações é a melhor forma de aumentar os índices de maneira positiva, além de manter o que já foi conquistado até o momento: menor índice de mortalidade infantil, bebês
mais saudáveis, melhor vínculo mãe-bebê-família.
A Dra Keiko, pediatra e símbolo da amamentação de Santos iniciou o Fórum com uma frase, que também assinamos embaixo:
"quando a gente trabalha para o bem, as coisas acontecem".
Elsa, discorreu sobre a necessidade de políticas públicas voltadas a questão do aleitamento materno no Brasil. Ainda há muito o que ser feito. Entre os índices mais importantes estão: bebês amamentados na primeira hora de vida; bebês entre 0 a 6 meses e a amamentação continuada.
Em média, as brasileiras amamentam seus filhos até os 11 meses. Em contrapartida a OMS (Organização Mundial de Saúde) indica o aleitamento até o 2º ano de vida.
Além dos indicadores é importante ressaltar que as políticas públicas vem ao encontro do direito da mãe e da criança, garantidos pela Constituição e no Estatudo da Criança e do Adolescente.
É direito nosso e só traz benefícios físico, emocional, cognitivo para as crianças e para a relação mãe-bebê.
O Brasil firmou compromissos na Declaração do Milênio (2000), no Pacto Nacional pela redução da mortalidade Materna e Neonatal (2004), Pac Saúde (2008), Acelerar a Redução da Desigualdade na Região Nordeste e na Amazônia Legal (2009).
Esses compromissos impulsionam as políticas públicas e as ações no Sistema Único de Saúde e atingem diretamente a vida de milhões de mães, bebês e famílias brasileiras e o resgate da amamentação como o alimento único e necessário para os 6 meses do bebê e sua contribuição na continuidade desses benefícios até os 2 anos.
E também através de atitudes políticas é possível transformar o cenário atual em que o Brasil se encontra.
E qual a estratégia dessas ações?
Elsa chama de Linha de Cuidado onde o assunto amamentação é apresentado como uma realidade natural pelo setor de educação às crianças desde sempre. A mulher, desde a adolescência deve ser informada e orientada. Na gravidez, a oportunidade de abrangir o tema e auxiliar a mãe a compreender a importância do seu leite na vida do bebê é fundamental para o sucesso da amamentação. Além de amamentar na primeira hora de vida, o auxílio no período de lactação, demonstrarem a redução da mortalidade infantil.
Como podemos ver, diversos setores como Educação, Saúde, Cultura, Desenvolvimento Social estão diretamente ligados ao ato de amamentar.
É necessário portanto, que o aleitamento seja promovido e apoiado através da atenção do Sistema de Saúde, de redes de amamentação, Campanhas, Banco de Leite, proteção legal dos direitos da mulher usufruir da sua licença maternidade. Projetos como Criança Canguru, onde os bebês prematuros ficam juntos de suas mães e são alimentados com seu leite e o Hospital Amigo da Criança, contribuem positivamente para a melhoria do quadro da amamentação brasileira, seus indicadores e para toda a sociedade.
O modelo dos Bancos de Leite do Brasil são reconhecidos e copiados por outros países.
Pesquisas realizadas entre 1999 e 2008 apontam melhoras significativas. A cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, foi a campeã na melhoria dos indicadores. E Peruíbe, aqui no nosso litoral, é considerado um modelo de promoção do aleitamento materno.
Outro dado feliz é que 15% menos crianças estão usando chupeta. A chupeta é considerada uma vilã no aleitamento materno, porque confunde a maneira que o bebê suga, já que a forma de sugar a chupeta é completamente diferente do esforço que o bebê realiza para mamar o seio materno.
"o hábito da chupeta não traz benefícios para criança e sim para os adultos"
Elsa Giugliani
A representante do Ministério de Saúde, apontou os maiores obstáculos para que a amamentação na primeira hora de vida, exclusiva até os 6 meses e continuada sejam 100% no Brasil:
- a dimensão continental que o território brasileiro tem
- as diferenças regionais
- a falta de prioridade do Aleitamento Materno pelo SUS
- a falta de sensibilização dos profissionais de saúde e gestores
- escassez de recursos humanos e financeiros
- a necessidade da mãe trabalhar fora de casa
- a cultura da mamaderia.
O maior desafio é continuar avançando sem estabilizar nas conquistas até o momento. É buscar o melhor.
Elsa afirma ainda que o projeto de fazer do Aleitamento Materno uma política do Estado, institucionalizada, o que garante que os projetos, ações e propostas sejam garantidas e realizadas ativamente por todo o Brasil num processo contínuo está previsto para daqui a 1-2 meses.
Elsa citou também a importância do Hospital Amigo da Criança, onde as mães são orientadas e apoiadas para o sucesso da amamentação desde o pré-natal até o puerpério, aumentando dessa forma os índices de aleitamento materno exclusivo e continuado e reduzindo a morbimortalidade materna e infantil, o que tem gerado grande interesse pelos gestores nessa habilitação.O objetivo é mobilizar toda a equipe de saúde dos hospitais-maternidade, estabelecimentos com leitos de parto para que modifiquem condutas e rotinas responsáveis pelos altos índices de desmame precoce e, para isso, foram estabelecidos os DEZ PASSOS PARA O SUCESSO DO ALEITAMENTO MATERNO.
Os Hospitais Amigos da Criança, merecem um post a parte, que realizaremos em breve.
No portal do Ministério da Saúde é possível encontrar todas as campanhas e materiais de divulgação relacionado ao Aleitamento Materno no Brasil.
Escrevemos para o Ministério da Saúde para divulgar a cobertura livre que realizamos no blog e recebemos essa doce mensagem:
ResponderExcluir"Obrigada pelas palavras tão estimulantes. E parabéns pelo seu trabalho e de seu grupo!!!!! É a soma de movimentos como este que fazem toda a diferença.
Grande abraço"
Elsa Giugliani
E vamos em frente!
Olá blogueiro,
ResponderExcluirDê ao seu filho o que há de melhor. Amamente!
Quando uma mulher fica grávida, ela e todos que estão à sua volta devem se preparar pra oferecer o que há de melhor para o bebê: o leite materno.
O leite materno é o único alimento que o bebê precisa, até os seis meses. Só depois se deve começar a variar a alimentação.
A amamentação pode durar até os dois anos ou mais.
Caso se interesse na divulgação de materiais e informações sobre esse tema, entre em contato com comunicacao@saude.gov.br
Obrigado pela colaboração!
Ministério da Saúde