segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Relato do Encontro: Sexualidade e Maternidade


O segundo encontro, foi marcado por um tema que ainda é encarado como tabu pela sociedade. Mas, aproveitamos para lembrar que sexo e sexualidade são assuntos bem diferentes, sendo a qualidade da vida sexual consequência direta do desenvolvimento da sexualidade
do indivíduo desde a infância. E na tarde chuvosa, deste último sábado, aprendemos mais e mais sobre pontos que merecem atenção na nossa sexualidade como filhas, mulheres e mães.



Um dos aprendizados mais marcantes com a psicóloga Márcia Atik foi perceber que todo indivíduo em diversos momento da vida, inibe os seus desejos mais íntimos, por qualquer que seja o motivo e deixa de realizar atividades que lhe proporciona prazer, principalmente por medo de que uma frustração aconteça ou não, seja ao ler um livro, sair para dançar, ouvir uma música ou curtir o parceiro.


Quando nos tornamos mães, voltamos todas as nossas atenções para o rebento e o processo de cada uma para voltar-se também para o mundo em que vive, para seu parceiro ou para novos amores é delicado e único, podendo ocorrer de forma natural ou com mais dificuldades. Isso depende também de como lidamos com nossa sexualidade e com a forma que aprendemos a lidar com o que nos dá prazer. As mudanças no corpo, rotinas atarefadas, companheiro e familiares que nos cobram o tempo todo e nossas próprias cobranças em nos tornarmos as "super-mulheres maravilha", atropelam nossos desejos e nos tornam cegas ao prazer de fazer o que afaga o íntimo de nossa vontade.

As prioridades, após o nascimento de um filho, são novas e múltiplas e cabe a mãe conhecer-se, cuidar e cultivar sua individualidade feminina para não deixar-se apenas em um dos papéis sociais que lhe cabe. Respeitar nossos desejos e prazeres, sabendo que esses são íntimos e privados, e devem ser cultivados com cuidado para não serem substituídos por momentos de satisfação momentanea.

É maravilhoso cuidar, aprender, brincar e ver crescer nossos filhos. E importante para eles e para nós. Importante também para ambos e no caso das famílias onde existe o pai ou um companheiro presente, é respeitar nossos limites como mulher e sem culpa ou mesmo na presença desta cuidar dos nossos desejos, da nossa querência e da busca pelo nosso prazer pessoal.

No Menu TEXTOS você encontra diversos olhares sobre o tema.

Um comentário:

  1. É uma pena eu ter perdido esse encontro, pois é um tema que me interessa muito...

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